sábado, 15 de dezembro de 2012

Saliências pontiagúdas - Exercício macro

Designa-se por macro-fotografia ou fotografia de aproximação a  captura de imagens em tamanho natural ou aumentadas até dez vezes. 

A razão pela qual, de há uns tempos a esta parte, tenho vindo a aumentar o meu interesse por este tipo de imagens, prende-se com o facto de ser fácil arranjar modelos, já que existem em toda a parte, e, além disso, constituir um incentivo à observação de certos detalhes que, em regra, nos passam despercebidos na nossa, quase sempre apressada e distraída,  visão do mundo que nos rodeia. Por motivos que se prendem com a minha atracção pela natureza e o meio ambiente, as flores e os insectos constituem, para mim, os motivos de maior interesse para a captação de imagens macro. Frequentemente começo por obter imagens de flores e, ao ser surpreendido pelos insectos na sua actividade, perco-me e dou comigo a dar preferência a estes em detrimento daquelas, sendo certo que a inversa também  é verdadeira. Nas imagens que se inserem em baixo não foram utilizados estes modelos, mas o tema é também a natureza.

Com a maioria das câmaras digitais compactas já é possível obter macro-fotografias.  Basta para isso activar a função macro, e aproximar a máquina ao objecto que se pretende fotografar. Com as Câmaras digitais SLR (Single Lens Reflex), que permitem ao fotógrafo ver exactamente a imagem que vai captar, é possível obter fotografias de grande qualidade, com o recurso a diversos acessórios hoje disponíveis no mercado, como objectivas macro, foles ou tubos de extensão, anéis de inversão, lentes de close-up, flashes circulares, tripés. 

Por se tratar de fotografia, que pretende ser, de detalhe devemos dar prioridade às pequenas aberturas de diafragma,  às altas velocidades de obturação e utilizar baixos valores de sensibilidade ISO.















terça-feira, 6 de novembro de 2012

Libélula

A libélula (ou libelinha) é um insecto alado, de corpo fusiforme, com o abdómen muito longo, olhos compostos, dois pares de asas quase transparentes e seis pernas. Há quem distinga libélulas de libelinhas tendo em conta a robustez ou delicadeza dos seus corpos. As libélulas são as maiores e as que têm asas fortes e diferentes (anisópteros), que mantêm abertas quando descansam e as libelinhas, menos robustas, têm as asas iguais e descansam com elas fechadas.  Medem de 2 a 19 cm de envergadura e as mais rápidas podem atingir a velocidade de 85 Km por hora. Alimentam-se de outros insectos como moscas e mosquitos, desempenhando um papel importante no controlo das populações destas pragas, prestando assim um excelente serviço ao homem.

Pode-se afirmar que estes insectos existem em todos os continentes, sendo conhecidas cerca de 6 mil espécies em todo o mundo. Em portugal é possível observar 66 espécies diferentes.

Os seus olhos, constituídos por milhares de facetas (até 30.000), proporcionam-lhes um campo visual de 360 graus, que lhes facilita a caça. Habitam, preferencialmente, as imediações de zonas pantanosas ou perto de ribeiros e riachos. As sua larvas (naiades) são carnívoras aquáticas que se alimentam de girinos e peixes juvenis.

Este grupo surgiu no período Paleozóico, tornou-se abundante no período Carbónico e conserva até hoje as mesmas características gerais. As maiores libelinhas, pertencentes ao género Meganeura, que existiram no Pérmico chegavam a atingir de 70 a 75 cm de envergadura.

As larvas das libélulas podem ser usadas para a avaliação de certos parâmetros da qualidade da água, já que esta influencia a existência (ou não) destes insectos. Também ao verificarmos as espécies presentes, tendo em conta o conhecimentos das suas características biológicas, podemos inferir as características da água ( como, por exemplo, a sua riqueza em nutrientes e oxigénio).



Reino:         Animalia
Filo:            Arthropoda
Classe:        Insecta
Ordem:       Odonata
Subordem:  Anisoptera
Família:      Libellulidae
Género:     Sympetrum
Espécie      S. Fonscolombii

Imagens captadas na Quinta da Casa Nova, Cortiçadas, Montemor-o-Novo










sábado, 20 de outubro de 2012

Movimento de Reformados e Pensionistas


Por me parecer do máximo interesse para todos os aposentados, passo, por esta forma, a partilhar a mensagem que acabo de receber.



Assunto:Movimento de Reformados e Pensionistas



> Car@s Amig@s Reformados e Pensionistas

> A situação em que o Orçamento do Estado vai colocar o país é
> particularmente gravosa para os Reformados e Pensionistas que, para além dos
> novos escalões do IRS e da sobretaxa, ainda vão ser sujeitos a um corte no
> seu salário desde que superior a 1350 euros ilíquidos.
> Estas medidas põem em causa a esperança num final de vida digno e prejudicam
> gravemente a possibilidade de apoio aos filhos e netos desempregados, numa
> voragem assustadora.
> A falta de uma estrutura que nos represente levou-nos a pensar
> na criação de um amplo movimento cívico, com carácter reivindicativo, que
> possa pressionar os órgãos de soberania e tomar outras medidas, nomeadamente
> o recurso a tribunais (nacionais e
> europeus) de forma a garantir os nossos direitos.
> A contribuição ao longo da nossa vida foi um depósito que
> entregámos mensalmente ao Estado, supondo ser uma ?pessoa de bem? que nos
> garantiria na reforma um vencimento em função do que foram os descontos. Mas
> não! O Estado quer acabar com a classe média e esmaga os mais fracos, grupo
> onde nos encontramos.
> Este pró- Movimento (por enquanto sem nome) vai reunir pela
> primeira vez no dia 22 de Outubro, pelas 18H00 na ACM (Rua Alexandre
> Herculano ? entre os Arcos do Jardim e a Praça da República) a fim de se
> avançar para a formalização do mesmo e de ser aprovado um esquema
> organizativo que permita a eficácia das decisões.
> O contributo de todos os que puderem estar presentes é decisivo
> pois estamos num momento crucial das nossas vidas e temos que dar voz ao
> futuro. Quem não puder estar presente pode enviar o seu contributo através
> deste endereço electrónico.
> Quero pedir-vos que difundam este encontro através da vossa rede
> de contactos, redes sociais e blogs, a todos os reformados e pensionistas
> que conheçam, seja qual tiver sido a sua profissão.
> Todos juntos teremos mais força.
> Ontem lançámos a primeira ?pedra? através da minha presença
> durante 2 minutos no noticiário das 13H00 na SIC. Hoje o Diário ?As Beiras?
> traz uma notícia sobre o Movimento e espero a divulgação amanhã através do
> Diário de Notícias. O feedback tem sido positivo.
> Contamos com todos.
> Rosário Gama (rosariogama@gmail.com)
>

domingo, 14 de outubro de 2012

Andorinha dos beirais

(Delichon urbicum)  -  Linnaeus, 1758

É uma pequena ave migratória, que passa o verão na Europa e nas regiões temperadas da Ásia e o Inverno na África subsariana e Ásia tropical.

Alimenta-se só de insectos, que apanha durante o voo. Tem a cabeça e toda a parte superior do corpo de cor preta azulada, enquanto que o uropígio e a parte inferior do corpo e das asas são brancos. As patas, curtas, são cor-de-rosa e estão cobertas com penugem branca.  Os seus olhos são castanhos e o bico, pequeno e fino, é preto. Pode ver-se tanto nas zonas habitadas pelo homem como no campo.

Os prados, os pastos e os campos cultivados, junto à água, constituem o seu habitat preferido.

Os seus ninhos são construídos, nas fachadas, com lama e palhas, por baixo dos beirais das casas.

O seu comprimento chega aos 13 cm, a envergadura pode ter 29 cm e o peso não ultrapassa 18 gramas. 

Os movimentos migratórios das andorinhas que nidificam na Europa cruzam todo o Mediterrâneo e o Saara. Por norma deslocam-se durante o dia e só muito raramente de noite. Durante estas deslocações chegam a morrer muitos milhares de exemplares, vítimas da acção dos fortes nevões que ocorrem nos Alpes Suíços.

Sendo uma ave gregária, tem tendência a nidificar em colónias com muitos ninhos que chegam a ser construídos unidos uns aos outros. A postura é de 5 ovos e a incubação, a cargo das fêmeas, dura à volta de um mês. Têm, quase sempre, duas ninhadas por ano. 



Reino:     Animalia
Filo:       Chordata
Classe:   Aves
Ordem:  Passeriformes
Família:  Hirundinidae
Género:  Delichon
Especie: D. urbicum


                                    Imagens captadas em Cortiçadas, Montemor-o-Novo







quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Garça-branca-grande

(Ardea alba) - Linaeus, 1758

É muito parecida com a garça-branca-pequena só que com o tamanho muito mais avantajado. Tem praticamente as mesmas dimensões da Garça-real. A sua plumagem é totalmente branca, o seu bico é amarelo e as patas escuras amareladas. Na época do acasalamento apresenta tufos de penas no dorso.

Por se tratar (sobretudo) de ave invernante, que não nidifica em Portugal, é entre Outubro a Março que mais facilmente se pode observar. Não existe em grande abundância no nosso país. Prefere as zonas húmidas como albufeiras, arrozais e salinas fora de uso. No litoral centro tem sido vista no estuário do Mondego, nos arrozais do baixo Mondego e na lagoa de Quiaios. Na Beira Interior frequenta as albufeiras da Marateca e da Toulica. No Vale do Tejo pode observar-se na Ribeira da Enguias, no Paul da Barroca e nos arrozais da Giganta. No Alentejo o estuário do Sado, a lagoa dos Patos, a lagoa de Santo André e a albufeira do Alqueva constituem os melhores locais para se observar esta ave. No Algarve já tive oportunidade de ver alguns exemplares na Ria Formosa.

O peixe constitui o seu principal alimento, mas come também anfíbios, répteis, insectos e pequenos roedores.

Reino:   Animalia
Filo:      Chordata
Classe:  Aves
Ordem:  Pelecaniformes
Família: Ardeidae
Género: Ardea
espécie: A. alba

                           Imagens captadas na Ria Formosa, nas proximidades de Olhão.











sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cegonha-branca

(Ciconia ciconia) - linnaeus, 1758

De plumagem branca, apenas com parte das asas pretas, é ave de grande porte, que chega a atingir os 125 cm de altura e 215 cm de envergadura. Possui patas vermelhas muito compridas e bico, também vermelho, longo e pontiagudo. A coloração vermelha do bico e das patas deve-se à utilização de carotenóides (sobretudo astaxantina, proveniente de uma espécie de lagostim) na sua alimentação. Distribui-se pela África, Europa e Ásia. Estamos em presença de uma migradora de grande distância. Nas sua deslocações entre a Europa e a África, evita a travessia do Mediterrâneo, devido à falta de térmicas de ar de que necessita, fazendo o desvio  pelo Estreito de Gibraltar ou pelo Levante.

Como carnívora que é, inclui na sua dieta alimentar animais variados, como insectos, peixes, anfíbios répteis, pequenos mamíferos e pequenas aves. Apanha a comida do chão, em locais de pouca vegetação, em prados, terrenos agrícolas  ou dentro de água pouco profunda.

Apesar de monogâmica, não adopta o mesmo par para sempre. A eclosão dos ovos, em número de quatro, ocorre quase 5 semanas após a postura. Os dois progenitores revezam-se na incubação e na alimentação das crias. Estas abandonam os ninhos aos dois meses de idade, mas continuam dependentes dos adultos, no que à alimentação diz respeito, durante mais uma a três semanas.

Comunica através de um ruído provocado pelo abrir e fechar do bico, semelhante ao disparo de uma metralhadora distante, amplificado pela garganta, actuando como ressonador. Com ritmos e intensidades diferentes os ruídos são utilizados em diversas interacções sociais. Fica mais alto quanto mais longo. Durante a copulação é mais lento e quando usado para chamamento de alarme é breve.

É uma ave gregária que voa  em bandos desorganizados.

Reino:     Animalia
Filo:        Chordata
Classe:    Aves
Ordem:   Ciconiiformes
Família:  Ciconiidae
Género:  Ciconia
Espécie: C. ciconia



            Imagens captadas na Herdade da Pitamariça de Baixo, Lavre, Montemor-o-Novo.








domingo, 16 de setembro de 2012

Garça Real (Garça Cinzenta)

(Ardea cinerea) - Linaeus, 1758

Ave robusta e grande, com o dorso cinza e as partes inferiores brancas e acinzentadas, possui uma faixa superciliar negra. O bico e as pernas apresentam-se com coloração amarela acinzentada. É a maior das garças europeias chegando a atingir perto de 1 metro de altura, quase 2 metros de envergadura e 2 kg de peso.  O seu bico, direito e forte, é afilado e longo, o pescoço é longo e as pernas são altas. Vive cerca de 25 anos e atinge a maturidade aos 2 anos. Conhecida no Brasil como garça-real-europeia e em Angola como galangundo, é muito abundante na Europa, nomeadamente em Portugal.

Tanto  vive nas costas marítimas como em água doce pouco profunda. Aparece em todas zonas húmidas, com particular relevância nos grandes estuários e lagoas costeiras. Desloca-se lentamente em águas de pequena profundidade, imobiliza-se completamente antes de atacar  as suas presas, o que faz com um golpe magistral, de tal forma rápido, que não lhes dá qualquer hipótese de fuga.

O peixe constitui a base da sua alimentação se bem que também coma batráquios, répteis, pequenos mamíferos, insectos e moluscos.  Consegue digerir bem as espinhas dos peixes mas regurgita os pelos dos roedores sob a forma de bolas.

Nidifica em colónias, em plataformas construídas sobre árvores, próximas de água. A incubação dos ovos, em número de 3 a seis, é feita alternadamente por ambos os progenitores, durante quatro semanas. Os juvenis começam a voar às 7 semanas e ao fim de 8 a 9 tornam-se independentes dos pais.

O bater lento e pesado das asas e a retracção do pescoço durante o voo ocasiona que, por vezes seja confundida com aves de rapina. São estas características que a distinguem da cegonha.

Reino:    Animalia
Filo:       Chordata
Classe:  Aves
Ordem: Ciconiformes
Família: Ardeidae
Género: Ardea
Espécie: A. Cinerea



Imagens captadas no Parque Natural da Ria Formosa, Olhão.