quinta-feira, 28 de abril de 2011

Gafanhoto-migratório

(Locusta migratoria)

Os gafanhotos são insectos ortópteros, que se caracterizam por terem o fémur das pernas posteriores muito forte e de grande dimensão. Isso  permite-lhes a deslocação aos saltos.

São polífagos, alimentando-se de folhas de uma grande variedade de plantas.

Alguns povos utilizam-nos na alimentação como fonte de proteína.

O gafanhoto-migratório (nas imagens), também conhecido por gafanhoto-de-arribação, distribui-se sobretudo pela Europa meridional e por África. Constitui uma das principais pragas da agricultura africana.

A sua coloração pode ser variável mas os machos são, em geral, acastanhados e as fêmeas verdes.



(Imagens captadas na Quinta da Casa Nova em Cortiçadas, Montemor-o-Novo)






sábado, 23 de abril de 2011

IX Festival Internacional de Chocolate de Óbidos

Tendo em conta a época festiva que estamos a viver,  e para amenizar as agruras da vida, quero hoje presenteá-los, com estas doces  delícias. Mas nada de abusos, haja moderação!

Feito a partir da amêndoa torrada de cacau, o chocolate pode ser encontrado na forma pastosa, sólida ou líquida. O cacaueiro (theobroma cacao) é uma planta nativa de diversos países da América Central e do Sul. Desde o início do seu cultivo, que remonta ao tempo dos Olmecas (cultura pré-colombiana da Mesoamérica), que é usado como bebida. Os maias faziam, a partir das sementes do cacaueiro, uma bebida amarga xocoatl, temperada com baunilha e pimenta, que utilizavam para combater o cansaço. Nas Honduras foram encontrados vestígios mais antigos (1100 a 1400 a. C.) de uma plantação de cacau. Pela observação de recipientes e respectivo conteúdo chegou-se à conclusão que era produzida uma bebida alcoólica pela fermentação dos açúcares da polpa envolvente dos grãos. Essa bebida continua ainda hoje a ser feita.

Foram os portugueses que, no século XVII, levaram o cacau para o Brasil, e posteriormente para a Guiné. Daqui difundiu-se para outras colónias europeias da África Ocidental e mais tarde para o sudoeste asiático e Oceania. 

Os indígenas tomavam o cacau na forma de bebida fria, sem qualquer adoçante, não sendo por isso apetecível para o paladar dos europeus, que o consideravam amargo. Mais tarde, com a adição de açúcar de cana, canela e anis, passou a integrar a dieta crioula e tornou-se cada vez mais apreciado.

O navegador Colombo foi dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate.

O primeiro carregamento comercial para a Europa ocorreu em 1585, a partir de Veracruz para Sevilha. Durante cerca de um século a preparação da bebida permaneceu como segredo espanhol até que foi introduzida na Itália e depois em França. A partir daí,  as "casas de chocolate", rapidamente se espalharam por toda a Europa.

Para melhor conservação durante o transporte marítimo o pó era prensado em forma de biscoitos e tabletes, que eram derretidos em água quente adoçada quando consumidos.

Colheita, fermentação e secagem constituem as três fases fundamentais de processamento das sementes de cacau.

Industrialmente, qualquer que venha a ser o uso, todos os grãos passam pela fase de limpeza, torrefacção, descasque e moagem. A torrefacção pode ser feita rapidamente a alta temperatura, ou lentamente a mais baixas temperaturas. No primeiro caso obtém-se um forte sabor a chocolate mas eliminam-se certos aromas mais subtis, no segundo chega-se ao resultado inverso. Após a moagem, a pasta de cacau  pode ser tratada de diversas formas de acordo com o produto final que se pretende obter.

 Já toda a gente provou, à sobremesa, uma simples mousse ou uma fatia do mais requintado bolo. Hoje não há limites para a imaginação de destacados mestres de culinária na utilização dada ao chocolate. Usa-se frequentemente em pratos salgados, a acompanhar carne, fois gras, peixes e mariscos. A prova disso esteve bem patente IX Festival Internacional de Chocolate, que decorreu de 17 de Março a 3 de Abril, em Óbidos.

Delicie-se então agora observando autenticas obras de arte, que estiveram patentes naquele festival.  




















 











domingo, 10 de abril de 2011

Rola-do-mar

(Arenaria Interpres)

Limícula de pequenas dimensões (21-24 cm de comprimento e 44-49 cm de envergadura), é robusta e atarracada, de pernas curtas e bico curto e pontiagudo. Devido à sua característica plumagem, mais colorida durante o acasalamento, é facilmente identificável. A sua sobrevivência não se encontra, por enquanto, ameaçada.

Pode ser vista nas plataformas rochosas do litoral e em lamas estuarinas. Move a cabeça e o pescoço, para a frente e para trás, quando caminha. Para a procura de alimento, no que é muito diligente, levanta pedras e pedaços de algas. É muito diversificada a sua alimentação: moluscos, crustáceos, insectos, ovos de aves, pequenos peixes e até mesmo restos de alimentação humana.

O ninho é construído no chão, rodeado de vegetação rasteira ou em fissuras de rochas, com vegetação.  As crias são nidífugas (abandonam o ninho logo à nascença) e com cerca de 20 dias tornam-se independentes e já voam.

É uma espécie migradora. Pela Europa passam duas populações: a da Escandinávia e Rússia, e a da Gronelândia e Canadá. A primeira passa o Inverno na Costa Ocidental de África e a segunda no Oeste da Europa.




Imagens captadas em Oeiras, entre o INATEL e a praia de Santo Amaro.

















quinta-feira, 7 de abril de 2011

Corvo Marinho-de-faces-brancas

(Phalacrocorax carbo)


Este fulano estava mesmo a pedi-las!

Já há algum tempo que tinha notado a sua presença num local bem visível, junto do qual todos os dias passam largas centenas de pessoas, nos fins-de-semana mesmo milhares. Estou convencido que é daqueles que gostam de dar nas vistas, só assim se explica a sua frequente presença ali, sempre muito atento ao que se passa.

Logo da primeira vez que o vi pensei com os meus botões que quando por lá voltasse a passar iria equipado com a minha câmara fotográfica. Pois bem, foi isso mesmo que aconteceu, só que nesse dia resolveu não aparecer.

Passados dias voltei a passar por lá, o que aliás faço com frequência, mas sem equipamento, lá estava ele todo empertigado.

Esta situação repetiu-se diversas vezes: quando eu ia equipado ele não aparecia, sempre que eu ia desprevenido era certo e sabido que comparecia.

Restava uma solução, levar todos os dias a máquina. E pronto, esta estratégia não podia deixar de surtir efeito.

Com cerca de 90 cm de comprimento e 150 cm de envergadura, o corvo marinho-de-faces-brancas tem plumagem bicolor: preta no dorso, asas e parte posterior do pescoço e branca na face, garganta, peito e ventre. Tem o pescoço longo e o bico levemente encurvado na ponta.

O peixe constitui a base da sua alimentação, embora também goste de crustáceos e moluscos.

Não se encontra em perigo de extinção.





Imagens captadas em Oeiras, na barra do Tejo, ali bem próximo das instalações do INATEL.