sexta-feira, 20 de maio de 2011

Abelhão Preto

Bombus atratus (melanica?)

Volto hoje a falar nas abelhas do género Bombus com o intuito de chamar a atenção para a importância que lhes é atribuída  na moderna agricultura. 

Têm vindo a ser utilizadas, com sucesso, em substituição das abelhas melíferas (apis) em programas de polinização em estufa. Os resultados obtidos em culturas de morango, melão, pimento, tomate e outras tem sido muito bons.

Claro que esta utilização só se tornou possível desde que empresas especializadas começaram a produzir colónias em grande escala e a fazer da sua comercialização o seu negócio. Com a utilização de tecnologias adequadas já hoje é possível produzir estes insectos, tão úteis,  em qualquer altura do ano.

A facilidade na importação de colónias provoca a difusão de algumas espécies em zonas bem distantes da sua região de origem. Esta situação pode ocasionar alguns efeitos nefastos: passa a haver competição com os polinizadores locais na utilização dos recursos florais existentes e pode também verificar-se a introdução de inimigos naturais que, se patogénicos, podem infectar os organismos nativos. Por esta razão é aconselhável que, antes  de se proceder a importações,  se estudem devidamente as espécies locais a fim de se apurar, com rigor, se têm ou não as competências polinizadoras de que há necessidade.



Imagens captadas na Quinta da Casa Nova, em Cortiçadas, Montemor-o-Novo




sexta-feira, 13 de maio de 2011

Abelhão

(Bombus terrestris)

Abelhão é designação comum dada às abelhas do género Bombus. É um insecto artrópode conhecido no Brasil pelo nome de Magamgaba. Pertence à superfamília Apoidea, família  Apidae , tribo Bombini, género Bombus. O seu abdómen, largo e piloso, tem coloração negra e amarela. Tem cerca de três centímetros de comprimento. Pode ver-se em grande abundância no Brasil e Portugal.

Tanto pode ser solitário como social. Quando social vive em comunidades de dez a duzentos indivíduos.

Desempenha um importante papel na polinização de grande variedade de plantas. 

Embora a sua picada seja muito dolorosa, raramente ataca. Isso só acontece quando é provocado. Ao contrário das abelhas, pode dar várias ferroadas.

Faz ninhos, com pedaços de palha, em troncos ocos de árvores ou no solo.

Produz pequena quantidade de mel, que armazena dentro de bolsas de cera e não em favos.

 (Imagens captadas na Quinta da Casa Nova, em Cortiçadas, Montemor-o-Novo)



segunda-feira, 9 de maio de 2011

Besouro // Leaf Beetle

(Lachnaia tristigma)

Os besouros são insectos coleópteros, pertencentes à ordem coleoptera. São também conhecidos por escaravelhos. Caracterizam-se por possuirem um par de asas anterior endurecido a que se dá o nome de élitros.

A ordem coleoptera, com mais de 2.500 géneros e cerca de 350.000 espécies, é a mais extensa em todos os seres vivos. As joaninhas, os rola-bosta, os gorgulhos e os vaga-lumes são alguns dos mais conhecidos representantes desta ordem.

Constituem importantes pragas de culturas, como por exemplo o bicudo do algodoeiro (anthonomus grandis) ou as pragas de grãos armazenados (sithophilus sp).

Em baixo podemos observar imagens da espécie L. tristigma, do género Lachnaia.

(Imagens captadas na Quinta da Casa Nova em Cortiçadas, Montemor-o-Novo)




sábado, 7 de maio de 2011

Morreu o Tó Vaz


Morreu o Tó Vaz ... 

Tive conhecimento através do Jornal Reconquista de 28/04/2011.
Mais um benquerido, de quem guardo as mais gratas recordações, que partiu. É esse o destino que nos espera a todos e a que ninguém se pode furtar.

Morreu o Tó Vaz ...

Já decorreram seguramente mais de quatro décadas desde a última vez que o vi na Benquerença. Não tenho dúvidas em afirmar que se perdeu um homem bom. Já naqueles "verdes anos" era possível observar nele aqueles traços que caracterizam um homem íntegro, amigo dos amigos.

Morreu o Tó Vaz ...

Seguimos caminhos diversos: eu não passei da cêpa torta, ele fez, julgo eu, uma linda carreira. Andou no Seminário da Guarda, frequentou, em Coimbra as Faculdades de Letras e de Direito, tendo-se licenciado na última. Durante cerca de trinta anos dirigiu os Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra. Fez parte e foi Presidente da Direcção e da Assembleia Geral do Coro dos Antigos Orfeonistas.

Morreu o Tó Vaz ...

Como nota curiosa, ainda me recordo que ele tinha um certo dedo para a preparação de petiscos. Lembro-me de uma vez, com outros companheiros de férias grandes, nos termos banqueteado com uns coelhos bravos cozinhados no alambique do Ti Joaquim Marques, ali ao pé da fonte. Os temperos foram da sua responsabilidade e garanto-lhes que não houve um só que não lhe gabasse a habilidade.

Para melhor avaliar o estofo moral do Homem de que estou a falar clique aqui e aqui.

Embora tarde, aproveito para apresentar à família, nomeadamente ao Carlos e à irmã os meus mais profundos sentimentos de pesar.

Morreu o Tó Vaz .... paz à sua alma.




                                 O Tó Vaz é o terceiro (a contar da esquerda)



Podem ver-se nesta foto (da esquerda pra a direita): eu próprio, o Porfírio Cerdeira (também já falecido), o Tó Vaz e o Joaquim Fernandes (Jack)
                                      http://pardalitosdochoupal.blogspot.com/2011/04/morreu-antonio-luzio-vaz.html#comment-form