sábado, 21 de janeiro de 2012

Rabirruivo

(Phoenicuros P. o. aterrimus)

O rabirruivo é uma pequena ave passeriforme com 14 cm de comprimento e 24 cm de envergadura. O macho tem plumagem cinzenta escura no corpo, cabeça preta e cauda vermelha alaranjada, enquanto que a fêmea e os juvenis têm corpo e cabeça de cor castanha acinzentada. Existem subespécies que apresentam variações de  cor (P. o. semifurus, P. o. aterrimus P. o. gibraltariensis).

Embora com origem em zonas rochosas está bem adaptado aos meios urbanos.

Para se reproduzir prefere o centro e o sul da Europa e a Ásia. As populações do norte passam o Inverno no sul da Europa e no Norte de África, acontecendo o mesmo na Ásia

A sua vocalização é chilreante

Estamos em presença de uma espécie, geralmente, monogâmica, podendo contudo, por vezes, o macho ter duas fêmeas. A cópula é antecedida por um ritual de danças de acasalamento.

Utiliza ervas secas, folhas, musgo, penas e pêlos na construção, não muito elaborada, do ninho.  Os locais escolhidos para residir são buracos nas casas, pedreiras ou falésias. A postura, que ocorre duas vezes entre Maio e Julho, varia entre 4 a 6 ovos brancos e brilhantes. Tanto a fêmea como o macho participam na alimentação das crias mas apenas a primeira intervém na incubação, que se prolonga por 13 dias. O abandono do ninho pelas crias acontece ao fim de 18 dias mas apenas conseguem voar decorrido, pelo menos, um mês.

A base da sua alimentação é constituída por insectos e larvas e, no Outono, come também bagas e frutos.

Reino:          Animalia
Filo:             Chordata
Classe:        Aves
Ordem:        Passeriformes
Família:       Musicapidae
Género:       Phoenicurus
Espécie:      P. Ochruros
Subespécie: P. o. aterrimus



                                    Imagens captadas no Parque dos Poetas, em Oeiras.









terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Petinha-dos-prados

(Anthus pratensis) - Linnaeus, 1758

Com o início do outono a petinha-dos-prados pode ser observada praticamente em todo o território nacional.

É uma espécie insetívora, podendo também alimentar-se de algumas sementes e larvas. A  sua plumagem é cinzenta esverdeada em cima e nas partes inferiores branca amarelada, com riscas nos flancos e peito. Tem as patas rosadas e o bico pontiagudo e fino. Mede cerca de 14,5 cm de comprimento. Nidifica na Ásia e no norte da Europa. Constroi o ninho no solo, disfarçado entre arbustos. Passa o inverno no sul da Europa e  no norte de África. É residente na Irlanda, Grã- Bretanha e França. 

É das espécies migratórias, que passam entre nós o outono e inverno, uma  das mais numerosas. Podemos vê-la em terrenos agrícolas, pastagens ou campos encharcados. Começa a abandonar-nos em Março e deixa de ser vista em Abril. É frequentemente confundível com outras espécies do mesmo género (petinha-ribeirinha, petinha marítima, petinha dos campos e petinha das árvores).

Reino:   Animalia
Filo:      Chordata
Classe:  Aves
Ordem: Passeriformes
Família:  Passeridae
Género:  Anthus
Espécie: A. pratensis

                                    Imagens captadas no Parque dos poetas, em Oeiras

























domingo, 8 de janeiro de 2012

Maçarico-galego

(Numenius phaeopus) - Linnaeus, 1758
Ligeiramente menor mas semelhante ao maçarico real, com o qual é muitas vezes confundido, o maçarico galego é das maiores limícolas existentes em Portugal. Tem bico comprido e curvado para baixo. Passa quase todo o dia à procura de alimento entre as rochas ou no lodo.

Alimenta-se sobretudo de caranguejos, moluscos e insectos.

Tem a plumagem acastanhada com manchas esbranquiçadas e branca no ventre. As patas são escuras acinzentadas e o bico acastanhado é mais escuro na extremidade. Em voo é identificável pela sua caraterística silhueta, com o uropígio (extremidade caudal) branco em forma de ponta de lança. Entre nós é sobretudo um migrador de passagem. Existe, contudo, uma pequena população invernante. No inverno pode ser visto em zonas rochosas das praias do sul, mas durante as migrações podemos também encontrá-lo, por vezes em bandos, em estuários e lagoas, em todo o litoral. 

Reino:   Animalia
Filo:      Chordata
Classe:  Aves
Ordem: Charadriiformes
Família: Scolopacidae
Género: Numenius
Espécie: N. phaeopus

                                         
                                                Imagens captadas em Paço de Arcos






















quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Garça boieira

(Bubulcus ibis) - Linnaeus, 1758
  
A garça boieira mede de 48 a 53 cm de comprimento, tem uma envergadura de 90 a 96 cm e existe em todos os continentes. Menos esguia que outras garças, tem a plumagem branca e o bico e as pernas são de cor amarela, tornando-se alaranjada na altura da reprodução.

Frequenta habitualmente terrenos de cultivo, onde procura alimento, mas também pode ser vista nas margens de lagos e rios. Tem grande capacidade de subsistência mesmo em situações de falta de água, por isso pode também ver-se em ambientes secos. É comum observar-se entre animais herbívoros (bovinos e ovinos) enquanto pastam e também seguindo máquinas agrícolas durante o amanho da terra.

Possui grande mobilidade, voando em bandos desordenados.

Nidifica em árvores nas margens de lagos e rios em colónias quase sempre numerosas. Ambos os progenitores participam na construção do ninho: o macho recolhe os materiais e à  fêmea cabe a tarefa de construir. A incubação dos 4 ou 5 ovos postos pela fêmea cabe alternadamente a ambos e prolonga-se por cerca de 24 dias.

Alimenta-se sobretudo de insetos e pequenos vertebrados (moscas, borboletas, gafanhotos, grilos, aranhas sapos e peixes).

Reino:   Animalia
Filo:      Chordata
Classe:  Aves
Ordem:  Pelecaniformes
Família:  Ardeidae
Género: Bubulcus
Espécie: B. ibis


                       Imagem captadas em Foros de Vale de Figueira, Montemor-o-Novo