quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Barata da Praia (ou Barata do Mar)

(Ligia oceanica) -  Linnaeus, 1767

Os crustáceos com 7 segmentos torácicos distintos e sete pares de pernas semelhantes são designados por isópodes. Na cabeça são portadores de dois olhos escuros, compostos (semelhantes aos dos insectos) e um par de antenas, cujo comprimento é equivalente a 2/3 do comprimento total do corpo. Em cada segmento possuem um par de pernas. Na extremidade posterior dispõem de dois apêndices que se ramificam (cada um deles) em outros dois. O seu comprimento pode variar entre 2 a 3cm, podendo o macho atingir os 4cm.

Vivem em pequenas cavernas e nas fissuras das rochas. São terrestres mas necessitam de ambientes muito húmidos. Podem ser vistos nas costas rochosas marítimas fortemente batidas pelas águas. É nos dias mais nublados que mais se podem observar.

Alimentam-se de algas e de restos de origem vegetal ou animal que encontram na praia (detritívoros).

Reproduzem-se várias vezes por ano, gerando 100 crias de cada vez. Desenvolvem-se directamente, transportando (as fêmeas) os ovos num saco até á sua eclosão.

Devido ao seu aspecto são, em geral, repudiadas pelos banhistas, mas são inofensivas para o homem.

Às espécies de grande distribuição e de que se desconhece a origem geográfica, como acontece com esta, são designadas por criptogénicas.

Quando habitam ambientes contaminados, dada a sua natureza detritívora e devido à sua abundância, acumulam grande quantidade de metais pesados, pelo que são frequentemente utilizados como modelos em ectotoxicologia e como biomonitores durante processos de fitoremediação desses ambientes.

Reino:     Animalia
Filo:        Arthropoda
Subfilo:   Crustacea
Classe:   Malacostraca
Ordem:   Isopoda
Familia:  Ligidae
Género:  Ligia
Espécie: L. Oceanica


                                           Imagens captadas na Praia Grande, Sintra







2 comentários:

Anónimo disse...

Já ouvi dizer que ela é comestível e seu sabor lembra o camarão. Gostaria de saber é verdade que pode consumir e se faz bem a saúde.

Jogilbo disse...

As pesquisas que fiz acerca da sua comestibilidade revelaram-se infrutíferas.
Não me custa nada aceitar que haja quem a coma, à semelhança do que acontece com outros crustáceos. Eu teria sempre alguma relutância em o fazer, dada a sua natureza detritívora.