quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mainá de Crista

(Acridotheres cristatellus)

Também conhecido por Mainato de Poupa, é oriundo do sudeste asiático e fixou-se em portugal Continental a partir da década (19)90, onde passou a residir e a nidificar em liberdade. Pode ser observado na região da Grande Lisboa. Na margem Norte do Tejo tem sido frequentemente encontrado na Zona de Belém e em toda a Costa do Estoril, com particular relevância para Oeiras. Na margem Sul pode ser visto em Corroios, no Barreiro e ainda na Península de Setúbal,  nomeadamente no Cabo Espichel e Azeitão.

Tem cerca de 25 cm de comprimento.

É, por vezes, confundido tanto com o estorninho preto como com o melro preto. Distingue-se deles pelas patas amarelas, pelo olho amarelo, pelo tufo de penas (poupa) junto á base do bico e pelas manchas brancas nas asas. São exactamente essas manchas que, em voo, o permitem facilmente identificar e diferenciar de todas as outras espécies.

Alimenta-se de frutas, larvas e insectos. 

Reino:        Animalia
Filo:           Chordata
Classe:       Aves
Ordem:      Passeriformes
Família:     Sturnidae
Género:     Acridotheres
Espécie:    A. Cristatellus

                             
                                  Imagens captadas no Jardim do Ultramar, Figueirinha, Oeiras







segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Melro preto

(Turdus Merula)

É uma ave muito comum na península Ibérica. Sendo entre nós uma espécie residente, é migradora nas regiões setentrionais da Europa. Pode frequentar diferentes ambientes e climas. Tanto o podemos encontrar em bosques densos e charnecas como em sebes e jardins citadinos.

Mede de 24 a 27 cm de comprimento.

Esta espécie caracteriza-se pelo seu  dimorfismo sexual. O macho é de fácil identificação pela sua cor preta acentuada, o bico amarelo e um anel amarelo em volta dos olhos. A fêmea tem plumagem castanha. O juvenil tem o dorso preto e o ventre pardo-escuro malhado de pardo-claro e  a garganta e a parte superior do peito pardas com manchas claras. as fêmeas chegam a ser confundidas com o tordo comum.

A sua dieta alimentar é, sobretudo, constituída por insectos, vermes, bagas e sementes mas é também possível vê-lo aproveitar migalhas e restos de alimentos de outros animais.

Em Portugal existem três sub-espécies residentes:
 - Turdus merula merula, no Continente;
 - Turdus merula azoriensis, nos Açores;
 - Turdus merula cabrerae, na Madeira.

Nidifica na Primavera, em arbustos ou árvores densas, e chega a reproduzir-se três vezes por ano. As fêmeas fazem posturas de três a cinco ovos, que são incubados durante 11 a 17 dias. Os juvenis começam a voar ao fim de 12 a 19 dias.

Com o objectivo de marcar um território, os machos costumam cantar nos meses de Fevereiro a Junho. Em anos em que o tempo está mais seco podem mesmo ouvir-se já em Janeiro. Este facto pode indiciar que estamos em presença de um ano com más condições para as culturas, o que deu origem ao ditado popular "quando o melro canta em Janeiro é tempo de sequeiro o ano inteiro".

Ordem:               Passeriformes
Família:             Turdidae
Nome cintífico: Turdus merula
Nome Comum:  Melro preto


              Imagens captadas em Oeiras e em Pinheiros de Marim (Parque Campismo do SBSI)














quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Aranha-lobo-radiada


(Hogna radiata) (Latreille, 1817)

As aranhas, os escorpiões, os carrapatos e os ácaros formam, em conjunto, a classe dos aracnídeos. As aranhas, com cerca de 40.000 espécies, constituem a segunda maior ordem desta classe (logo a seguir à ordem Acari).

Diferentes dos insectos, desprovidas de antenas e de asas, estes seres possuem dois segmentos corporais: céfalotorax (cabeça e torax fundidos) ou prosoma e o abdómen ou epistosoma, ambos ligados por uma aste estreita (pedúnculo).

Têm oito pernas (os insectos têm apenas seis). Podem ter oito, seis, quatro, dois ou, até, nem sequer possuírem olhos (é o caso das aranhas cavernícolas). Na cabeça têm dois pares de apêndices: as quelíceras, em forma de ferrão (de quinina negra) e e os pedipalpos (ou palpos).

O corpo é revestido por um exoesqueleto (estrutura rígida de quinina).

Há espécies que são venenosas, existindo algumas no Brasil e Austrália  capazes de provocar a morte a seres humanos. Em Portugal a Loxosceles e a Viúva-negra mediterrânica, que são consideradas as mais perigosas, apenas causam dor e algum desconforto temporários.

A maior aranha europeia, com 4 cm (excluindo as patas), Macrothele Calpeiana, conhecida no Sul de  Espanha, presumivelmente endémica do Sul da Península Ibérica, só recentemente (2007) foi descoberta em Portugal (em Portalegre e na Serra Algarvia).

As teias são resistentes (cinco vezes mais que o aço, no mesmo diâmetro), leves e elásticas (podem esticar quatro vezes o tamanho natural). Resistem à água e a temperaturas muito baixas (até 45 graus centígrados negativos).

As aranhas desempenham um importante papel no controlo de pragas  de insectos, dando um importante contributo para o equilíbrio ecológico.

As imagens referem-se à espécie Hogna radiata, um dos licosídeos mais comuns em Portugal.

Reino:                     Animalia
Filo:                        Arthropoda
Classe:                    Arachnida
Ordem:                   Araneae
Família:                  Lycosidae
Género:                  Hogna
Nome Comum:      Aranha-lobo-radiada

Tem carapaça castanha coberta de pelos castanhos, cremes, pretos brancos e laranja. As patas são da mesma cor da face dorsal da carapaça. O abdómen é castanho, com tonalidades que variam entre o claro, dourado ou creme até castanho escuro. A face ventral é negra.

A sua alimentação, por vezes necrófaga, é constituída, sobretudo de insectos, podendo também comer outras aranhas e solífugos. Evita insectos quimicamente protegidos como as joaninhas, embora coma com frequência vespas. Capta as presas de emboscada, deixando-se ficar imóvel e quando um insecto se aproxima ataca-o abraçando-o com as patas e injecta-lhe veneno. Uma vez dominado, injecta-lhe enzimas e inicia  o processo de mastigação, que dura alguns minutos.

A compilação destes apontamentos teve origem em múltiplas pesquisas na Net.



                   Imagens captadas na Quinta da Casa Nova, em Cortiçadas (Montemor-o-Novo)