Conheça 10 razões para visitar PORTUGAL
segunda-feira, 23 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Borboleta limão
(Gonepterix rhamni) - Linnaeus 1758
Com uma envergadura de 5 cm, distribui-se pela Ásia, Europa e Norte de África. Em Portugal é mais frequente no norte e Centro e podemos também encontrá-la no Algarve.
É frequentemente confundida com a espécie G. Cleópatra devido às suas grandes semelhanças.
Os macho, mais vistoso que a fêmea, distingue-se pela sua cor amarelo-limão, enquanto que ela
é de cor bege.
Quando poisa sobre as flores fecha sempre as asas. A cor e as nervuras destas , imitando folhas, constituem uma camuflagem, quase perfeita, que lhe permite escapar, com relativa facilidade, aos seus predadores (aves, repteis e outros insectos).
Na Europa é considerada a borboleta com maior longevidade, cerca de 13 meses. Hiberna durante o Inverno e voa de Maio a Outubro.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Pieridae
Género: Gonepteryx
Espécie G. Rhamni
Imagens captadas em Nafarros, Sintra
Com uma envergadura de 5 cm, distribui-se pela Ásia, Europa e Norte de África. Em Portugal é mais frequente no norte e Centro e podemos também encontrá-la no Algarve.
É frequentemente confundida com a espécie G. Cleópatra devido às suas grandes semelhanças.
Os macho, mais vistoso que a fêmea, distingue-se pela sua cor amarelo-limão, enquanto que ela
é de cor bege.
Quando poisa sobre as flores fecha sempre as asas. A cor e as nervuras destas , imitando folhas, constituem uma camuflagem, quase perfeita, que lhe permite escapar, com relativa facilidade, aos seus predadores (aves, repteis e outros insectos).
Na Europa é considerada a borboleta com maior longevidade, cerca de 13 meses. Hiberna durante o Inverno e voa de Maio a Outubro.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Pieridae
Género: Gonepteryx
Espécie G. Rhamni
Imagens captadas em Nafarros, Sintra
terça-feira, 10 de julho de 2012
Ti Manel Dias
Parece que ainda estou a vê-lo, enfiado no seu
fato-de-macaco de ganga azul, muito calmo, afável com a garotada que não se
fartava de o observar, quando fazia a manutenção do motor e da malhadeira
(debulhadora), ao Domingo, por ser dia de folga. Quando for grande
quero ser maquinista, era o pensamento que pairava em muitas daquelas
cabecinhas. É ao Ti Manel Dias, homem de grande simpatia, muito estimado e
admirado por toda a gente, que quero hoje prestar singela homenagem.
Estávamos então no advento da mecanização de algumas tarefas
agrícolas. Há bem poucos anos atrás a malha (debulha) de cereais como o trigo e
o centeio era toda feita, na eira, através de força braçal utilizando-se o
mangual. Quando se começou a generalizar o uso das malhadeiras mecânicas, ainda
de tracção animal no que se refere à sua deslocação, continuou-se a fazer o
transporte do cereal para a eira, com recurso ao carro de bois. No que ao seu
funcionamento diz respeito, estas máquinas eram postas a trabalhar, através de
uma enorme correia de transmissão, por um motor a vapor (de combustão externa),
que, tal como a malhadeira, não era ainda dotado de automobilidade, também para
a sua deslocação era necessária uma junta de vacas.
Em zonas em que predominava o minifúndio só muito poucos
tinham capacidade financeira que lhes permitisse a aquisição deste tipo de
equipamento. Os que o conseguiam tentavam rentabilizar o seu uso colocando-o ao
serviço da comunidade mediante a cobrança de uma maquia, em cereal,
proporcional à produção de cada um.
Na maior parte das aldeias do interior Beirão havia apenas
uma malhadeira para uso de toda a população. A Benquerença não fugia à regra. A
única que existia nas décadas de (19)40/50, ou mesmo um pouco antes, pertencia
a Francisco de Oliveira Esteves, conhecido pelo Senhor Chico, que era o
lavrador mais abastado da freguesia. Mas o Ti Manel Dias, o maquinista, que se
manteve ao serviço daquele proprietário durante quase toda a sua vida, é que
dominava tanto a malhadeira como o motor. Manobrava, lubrificava e reparava uma
e outro e até procedia, periodicamente, a um criterioso trabalho de
descarbonização do motor. Este tinha uma curiosa forma que fazia, vagamente,
lembrar um animal de ferro, com rodas também elas de ferro. Eu diria
mesmo que, na minha óptica, o via como um simpático e possante monstro que,
embora não me intimidando, me inspirava grande respeito. Não esqueçamos que era
ele que, através da tal correia, punha a malhadeira em funcionamento. O
movimento era depois multiplicado, na máquina, por via de outras correias
menores, réguas e veios de transmissão, que accionavam crivos e outros
dispositivos que, como por milagre, permitiam separar o grão da palha e da
moinha. O que me intrigava era que, apesar de toda esta pujança, o motor não tivesse
capacidade de se mover pelos seus próprios meios, tanto mais que
até possuía rodas!
Tendo procedido a diversas pesquisas, não consegui obter imagens que correspondam fielmente a este modelo de motor, na altura nem sequer
sonhava que um dia poderia vir a possuir uma máquina fotográfica, por isso as que se mostram dão apenas uma ideia. Já as que se referem à malhadeira
correspondem exactamente aos modelos que
se usavam, na época, na zona do País a que me reporto.
A função de maquinista do Ti Manel Dias era, bem entendido,
sazonal. A debulha dos cereais de pragana decorria, no Verão, durante cerca de
mês e meio a dois meses. No Inverno voltava a exercê-la, mas agora debaixo
de telha, no lagar de azeite pertencente ao mesmo patrão, por outro tanto
tempo. Durante o resto do ano, ou seja durante a maior parte do ano
trabalhava a terra como qualquer outro camponês.
Se o paraíso celeste existe o Ti Manel Dias só pode ter ido
para lá e sabe, claro, que ainda há quem o recorde.
Imagens obtidas na Internet
Ceifa
Mangual
Malha com malhadeira
com a correia de transmissão montada.
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